O Criador fez um universo magnífico, formado pelo céu sublime onde estava seu palácio e, ao redor, as atmosferas celestes. Depois, fez o mundo terrestre, que era muito diferente do celestial. No céu sublime, cercou-se com seres tão belos que nem dá para descrever.
O propósito foi a harmonia entre todos os seres vivos e a integração da vida com os quatro elementos naturais: água, fogo, terra e ar, além da combinação mágica da matéria e suas transformações. Tudo envolvido por diferentes formas de energia e cores intensas. Também criou divisões claras que definiam os limites entre a terra, o céu e o mar. Diferenciou a eternidade do tempo medido, que indicava, em conjunto com a posição da terra, as temperaturas, fenômenos e cenários naturais, tudo em perfeito equilíbrio para a grande diversidade de seres.
Criou luz, escuridão e diferentes tipos de brilhos, como o do sol e o das estrelas. Fez também paisagens magníficas formadas entre a mistura dos seres vivos, vegetais, elementos naturais e diferentes matérias. Para cuidar disso tudo na terra, colocou como líder dos seres uma espécie chamada Homo sapiens, que se reproduziriam e, assim como todos os outros seres vivos, teriam a duração na terra limitada pelo tempo. Mas tudo foi pensado com riqueza de detalhes: eles germinam, crescem, se reproduzem e morrem, necessitando do ar, da água, da luz e do calor do sol. O Perfeito Arquiteto definiu toda sua
obra como uma perfeita sinfonia.
A princípio, havia seres pensantes apenas no céu; era tudo tão perfeito que a tristeza nunca tinha sido sentida. Mas tudo mudou quando um dos seres celestiais, chamado Destruidor, se revoltou, pois conheceu o mal, uma opção cruel formada por sentimentos opostos aos que emanavam do Criador. Assim, o Destruidor quis também o poder de quem o criou e iniciou a primeira das guerras do mundo. Nessa batalha, o Criador venceu e expulsou para o Multiverso do Exílio o Destruidor e os que escolheram seu lado, chamados de Legião do Mal. Esse lugar incerto passou a ser a habitação desses seres.
Durante essa batalha, o Destruidor, antes de ser derrotado, traiu até seus aliados, os principais líderes da Legião do Mal, arrancando deles o coração com os sentimentos malignos para lançar sobre a terra, na ideia de espalhar sua essência sobre os homens na terra. Mas o Criador e seus aliados, os anjos, conseguiram capturar a maior parte dos terríveis sentimentos lançados na terra e trancá-los em uma caixa enigmática. Nela, colocaram também um sentimento bom que era uma mistura de antídoto para todos os sentimentos maus. Esse sentimento do bem foi chamado de Esperança. Os anjos não entenderam o significado desse sentimento nem por que ele foi trancado junto com os sentimentos herdados do mal, mas o Criador disse que, em um determinado momento, entenderiam e que a Esperança mudaria toda a terra.
Essa caixa ficou guardada em um lugar tão secreto que só alguns guardiões sabiam. Mas não se sabe quando nem como, mas apenas que ela foi aberta e todo o mal se espalhou no mundo, que já conhecia a maldade, mas não daquela forma. Após aberta, um dos guardiões conseguiu fechar e trancar novamente a caixa. Porém, já era tarde demais, pois só restou dentro dela a Esperança. E, para proteger esse sentimento que agora estava sozinho na caixa, foi nomeado um príncipe dos Guardiões, o “ESG Guardian”, que a escondeu em um novo lugar. E lá ela ficaria guardada até o momento da missão que seria destinada a 17 escolhidos.
A lenda conta que, após a abertura da enigmática caixa escondida, o ETHOS dos homens (o modo de viver) foi muito mudado, e o lado sombrio ganhou força e males diversos se espalharam pela terra. Mas, um dia, nasceriam aqueles que usariam a Esperança para combater os males provocados pelos sentimentos maus.
Essa lenda ficou no esquecimento até o surgimento da Liga Ethos Sustentare, cuja importante missão e êxito determinariam todo o futuro da terra.